terça-feira, dezembro 03, 2013

Sexismo javardo


Já passou tanto tempo desde que aqui vim pela última vez, que tenho quase a certeza que estou a escrever para uma bancada completamente nova, pois os leitores anteriores muito provavelmente já faleceram. Sejam pois muito bem vindos a esta coisa. Ah, espera! Ninguém lê isto... Pois bem, vou continuar a escrever para mim. Sempre é melhor do que estar a atirar o meu gato cego ao ar enquanto bebo cafés, e vejo se ainda vou a tempo de o apanhar antes que ele se espatife na minha tijoleira forrada com pioneses. Bom, vamos a isto.
Porque raio é que coisas já de si repugnantes tendem a parecer-nos ainda mais nojentas quando é uma mulher a levá-las a cabo em vez de um homem? Por exemplo, o velho hábito português de cuspir para o chão. Se formos na rua e virmos um homem a cuspir para o chão, não há dúvidas de que reprovamos o acto e o achamos nojento. Mas três segundos depois já somos capazes de continuar a escrever a mensagem para a namorada e nem sequer nos esquecemos de que o assunto era o fio dental guloso que a marota tinha estreado no dia anterior. Por outro lado, se em vez desse homem a gente calha de se cruzar com uma mulher que, ao passar por nós, vira a cara para o lado, puxa bem fundo, e com toda a pujança atira uma lapa direitinha à base de um arbusto, aí o caso muda de figura. A náusea que nos invade é de tal ordem que nem que passasse ao nosso lado um carro de campanha do PCP a tocar "A Carvalhesa" conseguiríamos voltar à realidade. E nem que déssemos de caras com um cartaz publicitário com as mamas da Bárbara Norton de Matos iríamos ter sucesso em esquecer toda aquela asquerosidade condensada em meras fracções de segundo. E tudo isto porque em vez de um homem, era uma mulher.
O que é que nos leva a achar que, pelo simples facto de ser mulher, uma pessoa não pode sentir vontade de cuspir um pedaço de gosma quando vai a caminho de casa? Eu não sei, mas desconfio que é pelo mesmo motivo que nos leva a acreditar que as mulheres, contrariamente aos homens, não possuem actividade intestinal. Dá-se-nos uma comoção cerebral só de imaginar uma mulher a levantar uma perna para facilitar o escape de um gás trepidante. Muitos de nós recusam-se a acreditar que as mulheres soltam bufas. E quase ninguém consegue supor uma mulher capaz de arrear o calhau. Os poucos que, quando inquiridos, afirmam acreditar no trânsito intestinal feminino (são aqueles que viram anúncios do Activia com a Júlia Pinheiro), convencem-se de que a flatulência feminina cheira a rosas e de que as fezes são pudins flan. Possivelemente, isto tem que ver com o endeusamento da figura feminina na nossa sociedade: esperamos das mulheres nada menos que a perfeição. Ora, isto não se coaduna minimamente com biscas e puns. Esses traços de badalhoquice ficam reservados para o macho, figura perfeitamente adequada para a mediocridade. O nojo casa bem com o homem. O homem presta-se naturalmente à repugnância, seja criando um géiser barulhento entre as nádegas ou participando num concurso de lançamento de lulas, onde para além da distância do voo são também avaliadas a cor, consistência e som de aterragem do asco. Já para não falar do facto de os homens estarem equipados com uma útil ferramenta excretora, que lhes permite urinar mantendo a posição bípede. O que juntando ao facto de serem javardos, leva a que sejam frequentemente vistos a aliviarem-se em cantos e esquinas de prédios, competindo com os cães pela marcação de território.
Bom, o que é certo é que há coisas que nos parecem mais próprias dos homens do que das mulheres. E regra geral, quanto mais nojentas, mais próprias de homens são. Não será altura de pararmos com isto? Não terão as mulheres iguais direitos à imundície? De que raio lhes adianta poderem votar se não podem arrotar? Vá lá, temos de nos mentalizar que a única diferença é mesmo no sexo: eles macacos, elas macacas. De resto, a macaquice é a mesma.

quarta-feira, julho 04, 2012

O bosão de Relvas

Se porventura são, como eu, leitores assíduos deste espaço, terão reparado que a qualidade do último texto aqui publicado era tão exuberante que o texto já cá não está. Sim, estava assim tão mau. Felizmente, estou a escrever para um público imaginário e como tal, nunca serei gozado pelo tal texto. Assim, hoje decidi escrever algo com alguma qualidade, e como tal não me vou alongar muito sob pena de quebrar esse objectivo.

Hoje é um dia histórico! Rejubilemos, pois os cientistas do CERN descobriram a chamada "partícula de Deus", o bosão de Higgs. É um passo imensamente grandioso para a Ciência, apesar de o bosão ser uma partícula imensamente minúscula. De facto, mais minúscula que ela só mesmo a licenciatura do ministro Relvas, também ela descoberta recentemente no Grande Colisor de Hadrões, escondida atrás de um neutrino.
Pois é, parece que o ministro Relvas é afinal um sobredotado e fez num ano aquilo que uma pessoa normal faz em três (ou mais, vá). Licenciou-se em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Lusófona em 2007, depois de se ter matriculado na mesma em 2006. E assim se explica a razão de Passos Coelho ter apostado no Relvas para esta legislatura: tal como mostrou ser capaz de encurtar a realização de um curso superior de três para um ano, Passos espera que o Relvas ajude a encurtar o período de ajuste económico do país para um terço também, cumprindo assim o calendário da troika. Do mesmo modo, Passos tem fé que o Relvas consiga baixar o salário mínimo de 485 para 162€, reduzir os dias de férias de 22 para 7, e cortar no número de deputados do PCP na Assembleia de 14 para 4,7. Já Jorge Jesus estará à espera que o Relvas reduza o número de contratações de Verão de 300 para 100.
Sabe-se também que o Relvas conseguiu esta proeza através das equivalências académicas. O chamado Conselho Científico da Lusófona olhou para o currículo do Relvas e depressa concluiu estar em presença de um cérebro de nível superior. Tendo em conta a sua experiência profissional, as 36 cadeiras distribuídas por seis semestres que o Relvas teria que completar transformaram-se em 180 créditos académicos obtidos, figurando apenas uma cadeira (Ciência Política e Direito Constitucional) à qual o Relvas prestou prova escrita e oral em 1985, aquando da sua passagem pelo curso de Direito na Universidade Livre, e onde obteve a meritória nota final de 10 valores. Tenho para mim que esta nota foi obtida pelo método Taveira (parece-me que a informação sobre a parte oral da avaliação não apareceu por simples acaso). Resumindo, o seu percurso académico é muito rico e diversificado. Rodou por quatro cursos superiores: Direito (1984, Universidade Livre, uma cadeira feita); História (1985, Universidade Livre, sete cadeiras frequentadas, nenhuma feita); Relações Internacionais (1995, Universidade Lusíada, nenhuma cadeira frequentada); Ciência Política e Relações Internacionais (2006, Universidade Lusófona, licenciado em 2007).
Genial este Relvas, não concordam? Mais uma mente brilhante neste nosso país. Aliás, dada a genialidade mais que evidente do senhor, considero uma injustiça e até mesmo uma provocação mesquinha o valor da média final de curso que a Lusófona lhe atribuiu: 11 valores. Então se o homem fez apenas uma cadeira na vida com 10 valores e teve equivalências para as 36 cadeiras do curso que o licenciou (uma das quais terá resultado da cadeira feita com 10), sou matematicamente obrigado a concluir que os senhores da universidade avaliaram o seu currículo profissional com nota 11, e fizeram a média ponderada. Mas que é isto? Que brincadeira vem a ser esta? Toda a gente sabe que numa situação destas o mais correcto a fazer seria somar os dois valores e pronto. O Relvas teria terminado com média de 21, o que está mais condicente com o seu perfil, sejamos justos. Até porque 21 é um número que mede simbolicamente o número de anos que vão desde que o Relvas faz uma cadeira e a altura em que se decide licenciar. Portanto fica aqui uma nota de repúdio pela forma como foi determinada a média do Relvas. E talvez como subtil forma de vingança (ou então apenas porque o mundo é pequeno e há demasiadas coincidências), um indivíduo que foi professor do Relvas na Lusófona (e que digo eu, deverá ter participado na confecção desta licenciatura liofilizada) é actualmente Secretário de Estado do Relvas. Toma lá um cargo absolutamente desprestigiante e mal remunerado que é para aprenderes. Bravo, Relvas, bravo. A ti ninguém te passa a perna.
Basicamente, temos um governante que devia estar a aplicar a sua invulgar inteligência no CERN, na procura de respostas para a nossa existência, e não a tratar de assuntos menores como governar Portugal. Já o estou a imaginar a desbaratar tudo o que sabemos sobre Física, e a postular as suas próprias leis. Assim de repente, julgo-o capaz de provar experimentalmente que afinal a velocidade da luz pode ser ultrapassada, nomeadamente por licenciaturas na Lusíada, que viajam a uma velocidade três vezes superior. E a partir daí imaginem-se as implicações e possibilidades.
Na verdade, Relvas é intelectualmente tão portentoso e fascinante que prevejo que lhe seja atribuído um mestrado antes do próximo fim-de-semana. E um doutoramento ao pequeno-almoço de domingo.

Agora a sério, Portugal precisa é disto. Um corta-Relvas.

quinta-feira, maio 17, 2012

Quero "captchas" com equações diferenciais, e já!

Num raro momento de reflexão, concluí duas coisas. A primeira é que basta escrever um post por ano para poder considerar o blogue actualizado. A segunda é que o novo presidente da França parece ser totó.

Ora, então o post de 2012 vem falar daquilo que senti ao deparar-me, quando tentava comentar no blogue a sério do Ricardo, com isto:


Estou, como dizia o outro, magoado e indignado. Mas que raio de legitimidade tem o servidor do Blogger para me mandar provar que não sou um robô? Era como ser mandado parar numa Operação STOP e vir o Manuel Vilarinho fazer-me o teste do balão.

Mais, se eu fosse um robô iria igualmente sentir-me magoado e indignado. Então lá por uma pessoa ser robô (há aqui qualquer coisa que me está a soar mal, mas como não soa tão mal como as músicas da Rihanna, vou deixar estar), não ia ser capaz de escrever "amposite exixist"? Mas que é isto? Ainda se fosse algo do género do que me apareceu no Facebook:


Vá, talvez seja oportuno deixar já aqui um "até para o ano". Só por precaução, evidentemente.

segunda-feira, junho 20, 2011

O Metro é para as aldeias!

O Metropolitano é, enquanto meio de transporte urbano, extremamente sobrevalorizado. Senão repare-se, nas cidades o que não faltam são meios de transporte: autocarros, eléctricos, táxis, barcos, viaturas pessoais, bicicletas, segways, patins, etc. O metro é apenas mais um, e portanto a sua importância nas cidades é relativa. Por exemplo, quando o Metro do Porto decide fazer greve, as pessoas apanham um autocarro e chegam ao seu destino a tempo e horas.
Ora, desta forma, onde é que me parece que um sistema de metropolitano pode realmente ser útil à população? Nas áreas onde não há nenhum dos meios de transporte acima referidos: nas aldeolas e lugarejos de Portugal. E mais: para além da falta de meios de transporte, é historicamente factual que as populações rurais sofrem de dificuldades em se locomoverem em distâncias superiores à que medeia entre a cozinha e o quintal, o que pode ser explicado pela média de idades superior a 70 anos, e consequente panóplia exorbitante de maleitas adquiridas ao longo da vida. São, por assim dizer, populações enfezadas, vá.


Agora imaginem-se alguns dos benefícios da instalação de uma rede de metro num destes locais:

  • Protecção dos direitos dos animais de carga, tais como burros ou bois, que passam a servir de facto para o transporte de cargas e não para o transporte de velhos mandriões;
  • Prosperidade económica da terriola, com a garantia de conectividade entre os principais pólos geradores de riqueza como o talho ou a mercearia;
  • Desobstrução do trânsito de peões que circula habitualmente a 0,02 km/h;
  • Diminuição da poluição sonora causada pela deambulação de bengalas e muletas, assim como por gemidos e lamúrias;
  • Diminuição da poluição atmosférica, com a diminuição de espirros e catarreiras na via pública, passando estes a ser maioritariamente perpetrados no interior do metro (serão disponibilizadas máscaras gratuitas à entrada para os visitantes que pretendam evitar apanhar uma doença (diz-se para os visitantes, partindo do princípio que os habitantes não quererão perder a oportunidade única de assim contraírem um pack de doenças endémicas));
  • Possibilidade de criação de um centro de investigação científica, pois em resultado do referido no ponto anterior, as composições do metro passarão a funcionar como autênticas incubadoras de vírus e bactérias, que dada a proliferação e diversidade previsível, poderão tornar-se caixas de Petri ferroviárias e proporcionar uma condensação da evolução daqueles seres no tempo para formas de vida superiores (quiçá, inteligentes) dentro dos próprios veículos.

Esta última vantagem é claramente fruto de um excesso de optimismo da minha parte, mas todas as outras são óbvias para quem consiga olhar este projecto com seriedade e não tenha, por assim dizer, palas.
E como não sou indivíduo de me ficar por palpites dispersos, já elaborei, inclusivamente, um projecto. É um projecto genérico, elaborado para uma terriola ao acaso, mas que pode ser facilmente adaptado a qualquer pequena povoação rural, porque no fundo, são todas iguais.




Projecto para uma rede ferroviária de transporte público para a localidade de Crefodita:


Aspectos gerais:
  • O nome "metropolitano" refere-se a "metrópole", e como este projecto se trata de uma adaptação à realidade rural, não será instalado numa metrópole, mas sim numa aldeópole. Deverá ser assim designado por "aldeopolitano", ou na sua forma abreviada, "aldeo";
  • Deverá ser criada uma empresa responsável pela administração do Aldeopolitano de Crefodita, cuja direcção deverá ficar, fruto da conjuntura e das directrizes já providenciadas nesse sentido, a cargo do filho e do sobrinho mais velho do presidente da junta;
  • As linhas deverão ser, na sua totalidade, enterradas. Desta forma, conseguem preservar-se os valores de manutenção da paisagem rural e agrícola, e por outro lado, obter para a localidade um sistema livre do cheiro a estrume;
  • A tuneladora "Micas" deverá ser alugada para a tarefa da criação dos túneis e estações do aldeopolitano. Depois de ter conseguido esburacar os duros granitos do Porto, é comprovadamente a opção mais acertada para perfurar os depósitos de estrume cretáceo presentes no subsolo profundo de Crefodita;
  • As estações deverão reflectir a tradição e História da terra, e como tal deverão contar diariamente com a presença de uma vaca leiteira em cada extremidade da plataforma, e aos domingos será sempre efectuada a matança de um porco numa estação definida por sorteio. A decoração ficará a cargo do pintor Ernesto "Coibes" Rego, responsável pelas obras "A espiga de milho", "A vaca que pariu um boi" ou "Na moita me fodi". As "vending-machines" deverão disponibilizar aos utentes do aldeopolitano produtos como mini-broas, sandes de presunto, couratos, tremoços e tiras de queijo de cabra, assim como copos de vinho branco ou tinto, verde ou maduro;
  • Em questões de segurança, o aldeopolitano primará pela excelência. Será contratado um "abafador" por estação para auxiliar os utentes que lidem mal com as diferenças de pressão. Elementos da GNR serão destacados sempre que haja o relato da invasão de estações por javalis ou ratazanas de grande porte. Para além disso, será criada uma empresa de segurança privada que vigiará em permanência as estações e composições do aldeo. Esta empresa será gerida pelo genro do presidente da junta;
  • As composições do aldeopolitano utilizarão uma bitola estreita de 350mm, que permitirá a realização de curvas mais apertadas, nomeadamente ganchos e rotundas. As composições serão baseadas em material circulante da antiga mina de cobre e serão locomovidas por um conjunto de 60 motores Famel Zundapp 280-4V com sistema de inversão, providenciando 306 cavalos de potência e uma velocidade máxima de 55 km/h a descer. O comprimento de cada composição será de 70m, divididos por 7 carruagens, e providenciará lugar a 150 passageiros sentados, 1000 passageiros em pé, ou 80 passageiros deitados;
  • O desenho da linha deverá ser pensado tendo em conta os superiores interesses da população residente. Este ponto é impreterível, mas contudo poderá ser considerada a dinamização turística de Crefodita em alguns troços, como as ligações a partir da Estrebaria, ou a expansão futura para a localidade vizinha Tragute de Peiça.


Proposta de rede aldeopolitana para Crefodita:



Como se vê, trata-se de um projecto que vai de encontro às necessidades da população de Crefodita. As estações cobrem todos os espaços relevantes da localidade, desde os mais centrais aos mais periféricos. Na sua parte mais central, a distância média entre estações é de 30m, o que significa que por vezes a mesma composição poderá estar parada em duas estações simultaneamente, servindo de forma muito eficaz a população. Já nas zonas mais periféricas, a distância média entre estações ronda os 2000m. A futura ligação à localidade mais próxima, Tragute de Peiça, terá uma extensão de 70kms, também ela sempre no subsolo profundo, de modo a não perfurar as montanhas da região, que constituem paisagem protegida. Será um serviço expresso, sem paragens, com uma previsão de tempo de viagem de 2h25. Como tal, não é de prever que nele circule alguém para além do maquinista. De qualquer modo, o presidente da junta de freguesia, Necrotério Panela, já se pronunciou sobre a importância crucial deste troço para o desenvolvimento da região, assim como o presidente da junta de freguesia de Tragute de Peiça, o seu primo Clotoaldo Recto.
O contrato assinado com a Mota-Engil prevê um orçamento de 170 mil milhões de euros (50 mil milhões de euros para a primeira fase de construção, e 120 mil milhões de euros para a segunda fase), com uma derrapagem financeira estimada na ordem dos 700%. O apoio bancário será prestado pelo Banco Panela, com uma taxa de juro na ordem dos 325%. O valor total da dívida deverá ser liquidado pela autarquia ao cabo dos próximos 5 milhões de anos.

terça-feira, junho 29, 2010

Mundial motorizado


Está neste momento a decorrer o jogo Paraguai-Japão, e já vai a caminho dos penalties. Ora se o Japão vencer, e se mais logo Portugal conseguir ganhar à Espanha, teremos um Portugal-Japão nos quartos de final.
E basta olhar para a equipa japonesa para perceber que Portugal enfrentaria um grande problema de centímetros cúbicos. Então não é que o Japão tem o Honda a jogar? E ao que parece o Toyota, o Suzuki e o Mirsubishi só não estão a jogar porque se envolveram num acidente e foram parar à oficina, excepto o Suzuki que foi mesmo para a sucata.
Ou seja, em caso dos "Navegadores" encontrarem a equipa nipónica nos quartos, Queirós seria mesmo obrigado a por o UMM e o Famel a jogar. Se é verdade que nenhum dos dois tem velocidade para acompanhar os adversários, também é verdade que o primeiro não teria dificuldades em atropelar tudo o que aparecesse à frente no caminho para a baliza, e o segundo conseguiria finalmente a proeza de abafar o barulho das vuvuzelas.

domingo, junho 27, 2010

Censos vão perguntar qual a orientação sexual dos portugueses


Segundo o Correio da Manhã, em 2011 os portugueses terão de responder se vivem em união de facto com uma pessoa do mesmo sexo.
Parece-me bem e já consigo prever outras perguntas que irão figurar nos inquéritos, como por exemplo quanta memória RAM têm instalada nos seus computadores, se dormem de barriga ou de rabo para o ar ou se preferem a salada com azeite ou vinagre.
Também me parece provável a adopção da plataforma digital para a elaboração dos Censos, em detrimento do normal preenchimento em papel, através da criação de um quiz no Facebook.

terça-feira, agosto 25, 2009

Um sloganzinho, faz favor...


Não é bem um daqueles textos cheios de qualidade aos quais vos habituei, mas é só para dar sinal de vida, e anunciar que em breve voltarei a publicar qualquer coisa.



Nota: onde se referem "textos cheios de qualidade" entende-se por isso "baboseiras". Eu é que não encontrei palavra melhor e estou cansado de "baboseiras".

quinta-feira, março 20, 2008

Uma pergunta...

Como pode uma associação de mudos fazer-se ouvir?

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

O factor piço


É a bola que fica a saltitar na linha e não entra, é o autocarro que perdemos e acabamos por conhecer a mulher da nossa vida na paragem, é o exame de escolha múltipla que fazemos ao calhas e passamos… Pois é, são estes pequenos instantes da nossa vida governados por aquilo que parece ser um acesso de sorte, que de facto podem mudar todo o restante curso do nosso trajecto terreno. Mas afinal, o que é a sorte? É de facto um acaso, um conjunto de coincidências, ou é parte do destino? Não sei. Mas como de qualquer das formas parece ser controlada por Deus, decidi convidar o próprio (Deus) para uma entrevista, o que até é bastante conveniente porque como se sabe Deus está em todo o lado, e portanto não surgiram aqueles habituais problemas quanto ao local ou hora da entrevista. Passemos então à dita cuja.


Eu: Bom dia Sr. Deus, como tem passado?

Deus: Olhe, já tenho passado melhor, tem estado frio e eu tenho-me ressentido das costas, de modos que também tenho andado mais ausente, até porque o médico me recomendou que ficasse em casa a repousar.

Eu: Mas então também Deus tem problemas de saúde?

Deus: Claro homem, eu já ando por cá há 20000 milhões de anos, a idade não perdoa.

Eu: Pois… E será por andar mais afastado que têm ocorrido mais desastres naturais?

Deus: Não, antes pelo contrário, os desastres naturais são brincadeiras que eu às vezes faço para descontrair, e também para as pessoas se lembrarem que eu ainda estou activo e que não preciso de muletas como já alguém tentou sugerir.

Eu: E então o tsunami na Indonésia em 2004 também foi uma forma que Deus arranjou para se divertir?

Deus: (gargalhada) É curioso que me fale nisso… Não, o tsunami aconteceu porque eu dei um murro na máquina do café. Estava a preparar o café, e não sei porquê, a máquina não estava a trabalhar, e então eu dei-lhe um soco. E se um bater de asas de uma borboleta em Pequim pode provocar um tufão na Florida, imagine-se o que um soco de Deus na máquina de café pode fazer na Indonésia.

Eu: Muito bem. Então, Deus, afinal o que é a sorte?

Deus: Bem, a sorte é no fundo a maneira que eu encontrei de as pessoas acreditarem em mim, na minha existência. Isso e aquele fulano que eu mandei cá abaixo há 2000 anos.

Eu: Humm… Não quer explicar melhor isso?

Deus: Não, mas se quiser posso ensiná-lo a fazer um rolo de carne que é daqui. (Deus indicou a orelha)

Eu: Não, muito obrigado, mas agradecia que concretizasse melhor aquilo que disse em relação à sorte.

Deus: Bem, repare numa coisa. Imagine um indivíduo que foi despedido, cuja mulher o abandonou, e que descobre que o filho é homossexual. Esse homem está desesperado, verdade? Agora imagine, que no dia em que ele se prepara para cometer suicídio, descobre que ganhou o euromilhões, encontra uma boazona que imediatamente se apaixona por ele, e descobre que o seu filho foi morto à pedrada, o que é que esse homem pensa? Pensa: “afinal, Deus existe”. É assim que isto funciona. Diga-me lá, o que é que pensou quando tirou 10 naquele exame de Zoologia para o qual não estudou?

Eu: Pensei no quanto os professores eram burros, ao ponto de deixarem passar alguém que responde que as membranas celulares são feitas de betão armado.

Deus: E não pensou que eu de facto existia?

Eu: Não, aliás, convenci-me que de facto você não existia, porque o seu papel ali seria dar-me nas orelhas.

Deus: Então acho que vou ter de rever os meus procedimentos…

Eu: Pois, também me parece. E já agora, aproveitava para lhe fazer uma última pergunta. O que aconteceu à Maddie?

Deus: Bem, eu não vou arriscar contar-lhe, pois já se sabe que quando algo surge que vai contra as pretensões dos McCann, aparece sempre alguma coisa a favor da tese de rapto que tanto interessa àqueles pais. Portanto não vou estar aqui a dizer que foi a mãe que matou a filha graças a uma overdose de comprimidos para dormir, porque numa batalha entre mim e o Daily Mirror, parece-me óbvio que eu sairia a perder e em descrédito.

Eu: Como queira. Resta-me agradecer a sua presença aqui, e em todo o lado.

Deus: Ora essa.

Eu: E lembrá-lo de que para a próxima seria melhor que não fumasse, porque agora é proibido, e se aparece aí a ASAE é uma chatice, quer para mim, quer para Deus.

Deus: É verdade, tinha-me esquecido! E eu até ando a tomar as pastilhas Nicorette a ver se deixo o vício… E já se sabe que Deus perdoa, a ASAE não…


Bom, depois disto só espero não ser confundido com a Alexandra Solnado.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Como é possível?

Só faltam 13 visitas para as 2000... Santa estupidez de quem cá vem...